Sobre a blogueira

Eu acho que já comentei sobre não gostar de falar sobre mim inúmeras vezes, e quando me pego hoje em dia lendo coisas que escrevi a alguns anos , percebo como o tempo faz mudanças, transforma, talvez amadurecer seria a palavra que se encaixe perfeitamente.


Me pego com uma xícara de chá a meu lado esquerdo, e ao direito, uma agenda, não agendas enfeitadas, com adesivos, e frases em cada folha, apenas uma singela agenda preta, de 2015, mas tudo bem, não eram as datas que me importavam, eram apenas as folhas as quais poucas restavam. Quando me pego lendo sobre mim, palavras que eu mesma escrevi, me sinto literalmente uma idiota, me gabando por ser inteligente ou apenas resmungando por ter cabelo volumoso. A exatamente um ano, eu adorava me expor, contar ao mundo minhas insatisfações, meus orgulhos, ou simplesmente o que eu estava fazendo no momento. A um ano eu adorava escrever sobre mim, publicar fotos, contar planos. Mas hoje, me olho no espelho e encontro uma garota diferente, uma garota que odeia escrever sobre ela, por achar escrever sobre si próprio desnecessário e sem sentido. Talvez seja obra do tempo, talvez eu esteja amadurecendo, ou simplesmente eu estou caindo em mim. Reconhecendo que minha idade, meu signo, meus gostos, não significam absolutamente nada e o que realmente vocês precisam conhecer de mim são minhas palavras, apenas, vocês não precisam nem ao menos conhecer meu rosto, por que isto não é um canal no youtube, talvez isso faça com que eu ame tanto meu "canto", é o lugar que eu me expresso, ponho para fora tudo que estou sentindo, ao mesmo tempo que me isolo, e não deixo que ninguém me conheça por completo. Eu ainda não me considero uma adolescente, talvez por não querer crescer, ou apenas por ainda querer correr pelos corredores da escola e desenhar na lousa durante os recreios. Boa parte de mim ainda se sente com 8 para 9 anos, boa parte de mim ainda sente vontade de assistir desenhos animados e tomar sorvete com confeitos coloridos. Talvez eu queira me prender em um mundo particular, onde poucas pessoas tenham acesso, e eu possa colocar para fora tudo que penso. E assim, acabo de tornar mais um de meus posts, em uma crônica, mais uma de minhas crônicas sem sentido algum, apenas desabafando sobre coisas que não consigo mais guardar dentro de mim, como se eu não deixasse fluir, elas me sufocariam. Mais uma vez preciso ir, meu destino? Deixo para com vocês, me levem para onde sua mente imaginou que eu iria, mas por favor, me leve para a praia, onde eu possa brincar de castelos de areia e tomar sorvete com confetes. Eu simplesmente não quero crescer. Até breve. Com amor, Isah.

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